terça-feira, 16 de junho de 2009
RELATO DOS ENCONTROS DO TP3
RELATO DOS ENCONTROS REFERENTES AO TP3
28 março - sábado
PRIMEIRA REUNIÃO COM TODOS OS PROFESSORES...FORMADORES E COORDENADORES...REALIZADO NO DIA:28/03/09Nem sabemos direito como iniciar este relato, pois no começo tudo foi muito conturbado.Pensei até mesmo em desistir de ser formadora. As informações eram interpretadas de maneira errada e ai tudo ficava conturbado e confuso.Meu Deus...muitos(as) professoras estavam revoltadas,não aceitavam o Programa Gestar,estavam equivocadas.Eu ouviu até mesmo das minhas colegas de trabalho, as quais eu seria formadora que as quintas-feiras ,seriam "quintas-feiras malditas".Pensa no que senti naquele momento.Mas felizmente tive ao meu lado pessoas que me deram força e apoio para enfrentar tal desafio,como minha coordenadora e a Profe Déia,que mesmo de longe me passava energias positivas além de minha colega Nega(Madelaine) e eu Madelaine, a Angela. Bom, quanto ao primeiro encontro,onde seriam repassados todas as informações teve alguns professores que chegaram levar protestos registrados e leram para todos.Mas como a gente sabe que conversando tudo vai sendo esclarecido as informações foram sendo repassados e eles foram percebendo a importância do PROGRAMA GESTAR.E tudo foi mudando e as pessoas se desarmando.Pense,que ouvi até mesmo que que nós formadoras não eramos competentes o suficiente para sermos o que somos.Era um baque atrás do outro...Mas, a partir do momento que passamos para as salas com nosso grupo de trabalho as coisas começaram a serem esclarecidos.Os professores passaram a perceber que realmente estavamos preparados para trabalharmos juntos, e não era nosso objetivo ensinar ninguém e sim juntos relembramos e revermos atividades,objetivos e conteúdos que ja dominavamos ,mas que de repente estavam guardados no fundo do bau da memória.E que o objetivo do GESTAR II é sim isso resgatar aquilo que já sabemos e aprimorar cada vez mais...Tudo em prol de nossos alunos que são os beneficiados com tudo isso.Terminado o enconcontro saimos aliviados.Nosso objetivo apesar das dificuldades havia sido alcançado e vencido.Que bom poder dizer :CONSEGUIMOS.AGORA É SÓ POR EM PRÀTICA TUDO O QUE NOS FOI REPASSADO NA PRIMEIRA SEMANA DE FORMAÇÃO.DEU CERTO.UFA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Obs – relato feito por Angela e Madelaine.
30 abril - Quinta feira
Devido aos transtornos ocorridos no encontro anterior, dia 28 de março, preparei bem as atividades para este primeiro encontro de L.P. pois sabia que algumas pendências ainda seriam discutidas pelos professores cursistas, os mesmos que estavam tratando o GESTAR com bastante indiferença. Mas não me intimidei e iniciei nossas atividades com uma mensagem bem bonita entitulada “Colegas de Trabalho”, na qual todos puderam se identificar com algum tipo de personalidade apresentada na mensagem.
Após os comentários acerca da mensagem, aconteceu a apresentação de cada professor que através de uma dinâmica contaram um pouquinho sobre sua vida profissional, escola em que leciona e turmas em que trabalha a Língua Portuguesa, já que a maioria também leciona uma língua estrangeira: inglês ou espanhol.
Desse modo, apresentei a todos o material do Gestar, através de slides evidenciei os objetivos do Programa e mostrei como trabalhar com o Guia Geral. Expliquei ainda o motivo pelo qual iniciaríamos pelo TP3.
Iniciamos as atividades com o TP3, lendo e discutindo o “Iniciando nossa Conversa” – unidade 9 – Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado. Trabalhamos em conjunto a Seção 1 – Atividades 1, 2 e 3.
Como material de apoio utilizei um texto sobre Gêneros textuais (fragmentos) (Marcuschi) e ainda passei um slide sobre tipologia textual e suas características. Solicitei aos cursistas que lessem todo o TP3 para o próximo encontro, principalmente as atividades da Seção 2 para que pudéssemos discuti-la em grupos.
Muito nervosismo e indiferença da parte de alguns professores que tentaram, a todo custo, tumultuar este primeiro encontro questionando a obrigatoriedade de frequentá-lo. Como a turma é muito numerosa, senti bastante dificuldade em contornar algumas situações que surgiram durante as atividades como: as conversas paralelas (propositais!), atitudes e expressões indiferentes aos assuntos discutidos e até mesmo comentários irônicos acerca dos benefícios do Gestar no processo ensino-aprendizagem.
14 maio - Quinta feira
Já esperava algumas novidades para este segundo encontro. Muitos professores que vieram no primeiro, não compareceram e justificaram a não continuidade no Programa com a Coordenação. Iniciei nosso encontro com a mensagem: “Ainda Tomaremos um cafezinho Juntos” ... e refletimos acerca da correria do dia a dia e das coisas importantes que acabamos deixando de lado devido a sobrecarga das atividades realizadas no ambiente escolar e “fora” dele.
Como os cursistas analisaram o TP3, neste escontro estavam cheios de dúvidas, morrendo de medo de não conseguirem cumprir com o cronograma apresentado e não sabiam como realizar as tarefas com os alunos. Muito calmamente fui tranquilizando-os e, desse modo, fiz algumas sugestões de atividades e como realiza-las para que pudessem ficar mais confiantes com o material didático. Ainda aqui, nesta etapa, lutei contra alguns comentários negativos e maldosos de cursistas que ‘lamentavam’ a participação no Programa. Com a orientação da coordenadora, deixei bem claro a todos que, a participação era uma decisão pessoal e, caso alguém estivesse se sentindo “obrigado” a fazer o curso, poderia optar por não fazê-lo, desde que assumisse todas as consequências acerca da decisão.
Acredito que, a partir desse momento, os ‘excluídos’ se sentiram mal perante o grupo, perceberam que estavam atrapalhando o andamento das atividades, já que muitos estavam ali por opção e gosto pelo que estavam fazendo, então, desse modo, “se excluíram” de vez.
Discutimos todas as atividades do TP3 e em grupos, realizaram as questões do “Ampliando nossas referências” – Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Após, as questões foram analisadas e discutidas em grande grupo. Assim, iniciamos a unidade 10, com a exposição de atividades sugeridas pelo professor formador e ampliadas pelos cursistas que no decorrer do estudo da unidade complementavam as atividades e/ou elaboravam outra de acordo com os objetivos propostos.
Alguns cursistas trouxeram Histórias em Quadrinhos como sugestões de atividades para trabalhar os gêneros textuais.
Ao término do encontro os cursistas sugeriram que fizéssemos um treinamento na área de informática para que aprendessemos a produzir nossos próprios materiais didáticos. Anotei a sugestão para uma Oficina coletiva.
16 maio - Sábado
Oficina Livre e
Orientação Coletiva Elaboração Projeto
Nesta Oficina Livre, iniciei o encontro com uma dinâmica de grupo cujo objetivo era “quebrar o gelo” entre os cursistas bem como trabalhar o gênero textual descrição – um dos conteúdos evidenciados na unidade 11 do TP3. A dinâmica tinha como propósito fazer o cursista descrever seu colega através de um desenho e escrever 3 características que ele havia observado durante os encontros. Após cada um teria que “se encontrar” nos desenhos produzidos pelos colegas. Alguns acertaram, outros não chegaram nem perto, desse modo, discutimos a diversidade dos gêneros, a inúmeras formas de enxergar a “mesma pessoa” e todos os “ruídos” que atrapalham o processo de comunicação no decorrer da mensagem. Foi um momento bastante rico tanto na troca de informações como na questão de aceitar o “outro” com suas qualidades e defeitos. Como trabalhar essas diferenças em sala de aula e respeitar o processo ensino-aprendizagem de cada aluno.
Nesta Oficina Livre , o aluno Leandro Rampazzo, da Escola de Educação Básica Padre Nóbrega, de Luzerna, participou do encontro e esclareceu algumas dúvidas sobre informática aos professores, explicou sobre a criação de blogs, produção de slides, e-mails, como zipar documentos para facilitar o envio, enfim, ajudou e auxiliou individualmente os cursistas presentes.
Aconteceu ainda o relato feito pelos professores das atividades já trabalhadas em sala de aula com os alunos, no qual cada um evidenciou suas dificuldades e facilidades na aplicação das tarefas e aceitação dos alunos sobre o material utilizado. Foi interessante,pois pela primeira vez percebi o entusiasmo de alguns professores acerca das atividades do TP3 e dos AAAs.
Encerramos nosso encontro com o compromisso de trocarmos e-mails durante a semana para encaminharmos as atividades para o próximo encontro, além da leitura e aplicação de algumas atividades das unidades 11 e 12.
21 maio- Quinta feira
Este encontro teve início com a mensagem “Milho de pipoca”, cujo desafio foi refletir acerca das provas de fogo que o ser humano passa na vida. Algumas pessoas aceitam as transformações, enquanto outras são duras como os piruás, se negam a estourar e viver as grandes transformações que a vida proporciona.
Senti uma grande mudança no grupo neste encontro, muitas cursistas estavam animadas com as atividades sugeridas no último encontro, inclusive houve um momento de socialização das aplicações das atividades e cada uma pode relatar os pontos positivos e negativos de sua turma de aplicação. Trabalhamos a unidade 11, e, em grupo, discutimos os conceitos de textos narrativo, descritivo e dissertativo. Preparei inúmeras atividades para elas trabalharem em sala de aula com os alunos, desde histórias em quadrinhos com balões com falas e sem falas, textos com onomatopéias, além de sugestões de produções que evidenciavam o uso de substantivos, adjetivos, pronomes e verbos; complementando os conteúdos da unidade 11 do TP3.
Para evidenciar o uso dos vícios da linguagem, assistimos ao vídeo da Companhia de teatro Os melhores do Mundo – episódio: O Assalto e ainda, o vídeo NNF – Pleonasmo – da dupla de artistas do Zorra Total.
As professoras questionaram acerca do desinteresse dos alunos em todas as séries, discutiram a falta de vontade e produção textual dos alunos de 5ª série, evidenciando ainda – o mais grave – o analfabetismo desses alunos que chegam à 5ª série sem ao menos escrever o próprio nome com letra maiúscula. Pergunta do dia: O que fazer com essas dificuldades de aprendizagem e defasagem escolar? Pode-se perceber ainda que os problemas são recorrentes em todas as escolas,variando apenas na idade de cada educando, uma vez que há alunos de 13, 14 anos frequentando a mesma classe escolar (5ª) com alunos de 09, 10 anos – o que torna a classe ainda mais indisciplinar e barulhenta.
Os professores realizaram a atividade 2 da página 101/102 do TP3, referente ao trecho do conto Marina, a intangível, respondendo ao questionário da página 102. Discutiu-se também a questão de que nem sempre os textos são produzidos na modalidade escrita, evidenciando a prática e a importância da oralidade em sala de aula.
Iniciamos os estudos sobre texto dissertativo e alguns cursistas relataram a experiência de terem trabalhado com a foto da página 125 do TP3 (homens trabalhando), cujas produções feitas abrangeram os três tipos textuais: descrição, narração e dissertação.
Para o encontro de 04 de junho, os cursistas devem trazer, para socialização com os colegas, atividades que complementem a unidade 12 do TP3, evidenciando os gêneros textuais e sequências tipológicas.
04 junho - Quinta feira
“Marcas de batom no espelho” foi a mensagem inicial do encontro, o que nos fez refletir as diferenças existentes entre “professores e educadores” – moral da mensagem exposta. Houve bastante discussão acerca dessa mensagem, até porque o grupo é grande e tudo o que se expõe ou relata acaba sendo motivo de divergências e discussão de pontos de vista. É interessante ressaltar que quanto maior o grupo, mais polêmicos os assuntos abordados se tornam, já que todos querem relatar suas experiências – ou para comprovar algo que o colega disse ou para “contrariar” a idéia do colega. Mas essas “manifestações ” acabam fazendo toda a diferença nos encontros, uma vez que é uma das maiores turmas do Gestar, tornando um desafio, inclusive para a Formadora.
Juntas, lemos, analisamos e discutimos a atividade 1 da unidade 12 – Cidadezinha qualquer – e depois em duplas e trios respondemos ao questionário proposto na página 145. Destacamos e comentamos todas as atividades propostas nesta unidade, e dessa forma, as cursistas perceberam a mudança que ocorrera nas produções feitas desde a unidade 9, ou seja, a forma de produção de textos foi aumentanto (em tamanho) e ampliando o leque de conhecimentos dos alunos, bem como foi diversificando os instrumentos de produção escrita.
Entreguei para as cursistas como sugestão de atividades uma “apostila” contendo exercícios de produção textual, evidenciando algumas classes gramaticais que o professor pode utilizar como recursos durante o trabalho em sala de aula. Além disso, uma atividade com a música “Minha Vida” da Rita Lee, na qual os professores podem trabalhar os verbos e os adjetivos de forma bem agradável. Neste momento, percebi o quanto o teor de nossos encontros havia mudado pelo entusiasmo e aceitação dos cursistas com as sugestões apresentadas.
Concluimos o estudo do TP3, e para o próximo encontro, os cursistas irão preparar sugestões de atividades para socializar com os colegas, evidenciando as unidades 13 e 14 do TP4.
Para finalizar este encontro assistimos ao vídeo de Rafinha Bastos – “O assassinato da Língua Portuguesa “ – um estudo feito sobre o discurso do casal Nardoni (caso Isabella) ao Fantástico.
28 março - sábado
PRIMEIRA REUNIÃO COM TODOS OS PROFESSORES...FORMADORES E COORDENADORES...REALIZADO NO DIA:28/03/09Nem sabemos direito como iniciar este relato, pois no começo tudo foi muito conturbado.Pensei até mesmo em desistir de ser formadora. As informações eram interpretadas de maneira errada e ai tudo ficava conturbado e confuso.Meu Deus...muitos(as) professoras estavam revoltadas,não aceitavam o Programa Gestar,estavam equivocadas.Eu ouviu até mesmo das minhas colegas de trabalho, as quais eu seria formadora que as quintas-feiras ,seriam "quintas-feiras malditas".Pensa no que senti naquele momento.Mas felizmente tive ao meu lado pessoas que me deram força e apoio para enfrentar tal desafio,como minha coordenadora e a Profe Déia,que mesmo de longe me passava energias positivas além de minha colega Nega(Madelaine) e eu Madelaine, a Angela. Bom, quanto ao primeiro encontro,onde seriam repassados todas as informações teve alguns professores que chegaram levar protestos registrados e leram para todos.Mas como a gente sabe que conversando tudo vai sendo esclarecido as informações foram sendo repassados e eles foram percebendo a importância do PROGRAMA GESTAR.E tudo foi mudando e as pessoas se desarmando.Pense,que ouvi até mesmo que que nós formadoras não eramos competentes o suficiente para sermos o que somos.Era um baque atrás do outro...Mas, a partir do momento que passamos para as salas com nosso grupo de trabalho as coisas começaram a serem esclarecidos.Os professores passaram a perceber que realmente estavamos preparados para trabalharmos juntos, e não era nosso objetivo ensinar ninguém e sim juntos relembramos e revermos atividades,objetivos e conteúdos que ja dominavamos ,mas que de repente estavam guardados no fundo do bau da memória.E que o objetivo do GESTAR II é sim isso resgatar aquilo que já sabemos e aprimorar cada vez mais...Tudo em prol de nossos alunos que são os beneficiados com tudo isso.Terminado o enconcontro saimos aliviados.Nosso objetivo apesar das dificuldades havia sido alcançado e vencido.Que bom poder dizer :CONSEGUIMOS.AGORA É SÓ POR EM PRÀTICA TUDO O QUE NOS FOI REPASSADO NA PRIMEIRA SEMANA DE FORMAÇÃO.DEU CERTO.UFA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Obs – relato feito por Angela e Madelaine.
30 abril - Quinta feira
Devido aos transtornos ocorridos no encontro anterior, dia 28 de março, preparei bem as atividades para este primeiro encontro de L.P. pois sabia que algumas pendências ainda seriam discutidas pelos professores cursistas, os mesmos que estavam tratando o GESTAR com bastante indiferença. Mas não me intimidei e iniciei nossas atividades com uma mensagem bem bonita entitulada “Colegas de Trabalho”, na qual todos puderam se identificar com algum tipo de personalidade apresentada na mensagem.
Após os comentários acerca da mensagem, aconteceu a apresentação de cada professor que através de uma dinâmica contaram um pouquinho sobre sua vida profissional, escola em que leciona e turmas em que trabalha a Língua Portuguesa, já que a maioria também leciona uma língua estrangeira: inglês ou espanhol.
Desse modo, apresentei a todos o material do Gestar, através de slides evidenciei os objetivos do Programa e mostrei como trabalhar com o Guia Geral. Expliquei ainda o motivo pelo qual iniciaríamos pelo TP3.
Iniciamos as atividades com o TP3, lendo e discutindo o “Iniciando nossa Conversa” – unidade 9 – Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado. Trabalhamos em conjunto a Seção 1 – Atividades 1, 2 e 3.
Como material de apoio utilizei um texto sobre Gêneros textuais (fragmentos) (Marcuschi) e ainda passei um slide sobre tipologia textual e suas características. Solicitei aos cursistas que lessem todo o TP3 para o próximo encontro, principalmente as atividades da Seção 2 para que pudéssemos discuti-la em grupos.
Muito nervosismo e indiferença da parte de alguns professores que tentaram, a todo custo, tumultuar este primeiro encontro questionando a obrigatoriedade de frequentá-lo. Como a turma é muito numerosa, senti bastante dificuldade em contornar algumas situações que surgiram durante as atividades como: as conversas paralelas (propositais!), atitudes e expressões indiferentes aos assuntos discutidos e até mesmo comentários irônicos acerca dos benefícios do Gestar no processo ensino-aprendizagem.
14 maio - Quinta feira
Já esperava algumas novidades para este segundo encontro. Muitos professores que vieram no primeiro, não compareceram e justificaram a não continuidade no Programa com a Coordenação. Iniciei nosso encontro com a mensagem: “Ainda Tomaremos um cafezinho Juntos” ... e refletimos acerca da correria do dia a dia e das coisas importantes que acabamos deixando de lado devido a sobrecarga das atividades realizadas no ambiente escolar e “fora” dele.
Como os cursistas analisaram o TP3, neste escontro estavam cheios de dúvidas, morrendo de medo de não conseguirem cumprir com o cronograma apresentado e não sabiam como realizar as tarefas com os alunos. Muito calmamente fui tranquilizando-os e, desse modo, fiz algumas sugestões de atividades e como realiza-las para que pudessem ficar mais confiantes com o material didático. Ainda aqui, nesta etapa, lutei contra alguns comentários negativos e maldosos de cursistas que ‘lamentavam’ a participação no Programa. Com a orientação da coordenadora, deixei bem claro a todos que, a participação era uma decisão pessoal e, caso alguém estivesse se sentindo “obrigado” a fazer o curso, poderia optar por não fazê-lo, desde que assumisse todas as consequências acerca da decisão.
Acredito que, a partir desse momento, os ‘excluídos’ se sentiram mal perante o grupo, perceberam que estavam atrapalhando o andamento das atividades, já que muitos estavam ali por opção e gosto pelo que estavam fazendo, então, desse modo, “se excluíram” de vez.
Discutimos todas as atividades do TP3 e em grupos, realizaram as questões do “Ampliando nossas referências” – Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Após, as questões foram analisadas e discutidas em grande grupo. Assim, iniciamos a unidade 10, com a exposição de atividades sugeridas pelo professor formador e ampliadas pelos cursistas que no decorrer do estudo da unidade complementavam as atividades e/ou elaboravam outra de acordo com os objetivos propostos.
Alguns cursistas trouxeram Histórias em Quadrinhos como sugestões de atividades para trabalhar os gêneros textuais.
Ao término do encontro os cursistas sugeriram que fizéssemos um treinamento na área de informática para que aprendessemos a produzir nossos próprios materiais didáticos. Anotei a sugestão para uma Oficina coletiva.
16 maio - Sábado
Oficina Livre e
Orientação Coletiva Elaboração Projeto
Nesta Oficina Livre, iniciei o encontro com uma dinâmica de grupo cujo objetivo era “quebrar o gelo” entre os cursistas bem como trabalhar o gênero textual descrição – um dos conteúdos evidenciados na unidade 11 do TP3. A dinâmica tinha como propósito fazer o cursista descrever seu colega através de um desenho e escrever 3 características que ele havia observado durante os encontros. Após cada um teria que “se encontrar” nos desenhos produzidos pelos colegas. Alguns acertaram, outros não chegaram nem perto, desse modo, discutimos a diversidade dos gêneros, a inúmeras formas de enxergar a “mesma pessoa” e todos os “ruídos” que atrapalham o processo de comunicação no decorrer da mensagem. Foi um momento bastante rico tanto na troca de informações como na questão de aceitar o “outro” com suas qualidades e defeitos. Como trabalhar essas diferenças em sala de aula e respeitar o processo ensino-aprendizagem de cada aluno.
Nesta Oficina Livre , o aluno Leandro Rampazzo, da Escola de Educação Básica Padre Nóbrega, de Luzerna, participou do encontro e esclareceu algumas dúvidas sobre informática aos professores, explicou sobre a criação de blogs, produção de slides, e-mails, como zipar documentos para facilitar o envio, enfim, ajudou e auxiliou individualmente os cursistas presentes.
Aconteceu ainda o relato feito pelos professores das atividades já trabalhadas em sala de aula com os alunos, no qual cada um evidenciou suas dificuldades e facilidades na aplicação das tarefas e aceitação dos alunos sobre o material utilizado. Foi interessante,pois pela primeira vez percebi o entusiasmo de alguns professores acerca das atividades do TP3 e dos AAAs.
Encerramos nosso encontro com o compromisso de trocarmos e-mails durante a semana para encaminharmos as atividades para o próximo encontro, além da leitura e aplicação de algumas atividades das unidades 11 e 12.
21 maio- Quinta feira
Este encontro teve início com a mensagem “Milho de pipoca”, cujo desafio foi refletir acerca das provas de fogo que o ser humano passa na vida. Algumas pessoas aceitam as transformações, enquanto outras são duras como os piruás, se negam a estourar e viver as grandes transformações que a vida proporciona.
Senti uma grande mudança no grupo neste encontro, muitas cursistas estavam animadas com as atividades sugeridas no último encontro, inclusive houve um momento de socialização das aplicações das atividades e cada uma pode relatar os pontos positivos e negativos de sua turma de aplicação. Trabalhamos a unidade 11, e, em grupo, discutimos os conceitos de textos narrativo, descritivo e dissertativo. Preparei inúmeras atividades para elas trabalharem em sala de aula com os alunos, desde histórias em quadrinhos com balões com falas e sem falas, textos com onomatopéias, além de sugestões de produções que evidenciavam o uso de substantivos, adjetivos, pronomes e verbos; complementando os conteúdos da unidade 11 do TP3.
Para evidenciar o uso dos vícios da linguagem, assistimos ao vídeo da Companhia de teatro Os melhores do Mundo – episódio: O Assalto e ainda, o vídeo NNF – Pleonasmo – da dupla de artistas do Zorra Total.
As professoras questionaram acerca do desinteresse dos alunos em todas as séries, discutiram a falta de vontade e produção textual dos alunos de 5ª série, evidenciando ainda – o mais grave – o analfabetismo desses alunos que chegam à 5ª série sem ao menos escrever o próprio nome com letra maiúscula. Pergunta do dia: O que fazer com essas dificuldades de aprendizagem e defasagem escolar? Pode-se perceber ainda que os problemas são recorrentes em todas as escolas,variando apenas na idade de cada educando, uma vez que há alunos de 13, 14 anos frequentando a mesma classe escolar (5ª) com alunos de 09, 10 anos – o que torna a classe ainda mais indisciplinar e barulhenta.
Os professores realizaram a atividade 2 da página 101/102 do TP3, referente ao trecho do conto Marina, a intangível, respondendo ao questionário da página 102. Discutiu-se também a questão de que nem sempre os textos são produzidos na modalidade escrita, evidenciando a prática e a importância da oralidade em sala de aula.
Iniciamos os estudos sobre texto dissertativo e alguns cursistas relataram a experiência de terem trabalhado com a foto da página 125 do TP3 (homens trabalhando), cujas produções feitas abrangeram os três tipos textuais: descrição, narração e dissertação.
Para o encontro de 04 de junho, os cursistas devem trazer, para socialização com os colegas, atividades que complementem a unidade 12 do TP3, evidenciando os gêneros textuais e sequências tipológicas.
04 junho - Quinta feira
“Marcas de batom no espelho” foi a mensagem inicial do encontro, o que nos fez refletir as diferenças existentes entre “professores e educadores” – moral da mensagem exposta. Houve bastante discussão acerca dessa mensagem, até porque o grupo é grande e tudo o que se expõe ou relata acaba sendo motivo de divergências e discussão de pontos de vista. É interessante ressaltar que quanto maior o grupo, mais polêmicos os assuntos abordados se tornam, já que todos querem relatar suas experiências – ou para comprovar algo que o colega disse ou para “contrariar” a idéia do colega. Mas essas “manifestações ” acabam fazendo toda a diferença nos encontros, uma vez que é uma das maiores turmas do Gestar, tornando um desafio, inclusive para a Formadora.
Juntas, lemos, analisamos e discutimos a atividade 1 da unidade 12 – Cidadezinha qualquer – e depois em duplas e trios respondemos ao questionário proposto na página 145. Destacamos e comentamos todas as atividades propostas nesta unidade, e dessa forma, as cursistas perceberam a mudança que ocorrera nas produções feitas desde a unidade 9, ou seja, a forma de produção de textos foi aumentanto (em tamanho) e ampliando o leque de conhecimentos dos alunos, bem como foi diversificando os instrumentos de produção escrita.
Entreguei para as cursistas como sugestão de atividades uma “apostila” contendo exercícios de produção textual, evidenciando algumas classes gramaticais que o professor pode utilizar como recursos durante o trabalho em sala de aula. Além disso, uma atividade com a música “Minha Vida” da Rita Lee, na qual os professores podem trabalhar os verbos e os adjetivos de forma bem agradável. Neste momento, percebi o quanto o teor de nossos encontros havia mudado pelo entusiasmo e aceitação dos cursistas com as sugestões apresentadas.
Concluimos o estudo do TP3, e para o próximo encontro, os cursistas irão preparar sugestões de atividades para socializar com os colegas, evidenciando as unidades 13 e 14 do TP4.
Para finalizar este encontro assistimos ao vídeo de Rafinha Bastos – “O assassinato da Língua Portuguesa “ – um estudo feito sobre o discurso do casal Nardoni (caso Isabella) ao Fantástico.
RESUMO DO GUIA GERAL
RESUMO DO GUIA GERAL
Gestar II – Programa Gestão da Aprendizagem escolar.Unidade 1 – O Gestar II como programa de formação Continuada em Serviço.É um programa de formação continuada semipresencial, orientada para a formaçãode professores de Matemática e língua Portuguesa, objetivando a melhoria do processo ensino-aprendizagem.A finalidade do programa é elevar a competência dos professores e seus alunos e, consequentemente, melhorar a capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade sociocultural.A modalidade do programa é de formação semipresencial fundamentada pele teoria e pelos pressupostos da educação a distância, que oferece estratégias de estudo individual, visando a autonomia do estudante. Esta formação, apoiada por cadernos teóricos- práticos para o estudo autônomo, inclui encontros presenciais para a realização de atividades como: troca de experiências e reflexão individual e em grupos, esclarecimentos de dùvidas e questionamentos , planejamento e elaboração de situações didáticas, análise crítica das atividades práticas em sala de aula.O programa garante a formação continuada em serviço para professores e formadores a ser desenvolvida ao longo de um ano, sendo 96h presenciais para formadores e 204 horas não- presenciais. Devendo ter no mínimo 75% de freqüência, entregar os portfólio e as atividades indicadas. O formador receberá sua certificação pela UNB.O professor cursista estadual/ municipal ficará sob responsabilidade do professor formador, tendo 300 horas de curso: 120 presencial e 180 à distância. A certificação será feita pela secretaria estadual/ Municipal.Os materiais de ensino-aprendizagem são:6 cadernos de Teoria e Prática – T P1 Guia Geral1 caderno do FormadorEstratégias para implementação e avaliação;Oficinas Coletivas;Plantão pedagógico;Realização das atividades;Relatórios quinzenais;Atividades em sala de aula.Unidade 2 - A Proposta Pedagógica do Gestar IIO trabalho do Gestar II se baseia na concepção sócio-construtivista do processo de ensino-aprendizagem, onde alunos e professor constroem juntos o conhecimento em sala de aula por meio de uma relação apoiada no interesse e na participação ativa dos alunos e da atuação do professor como mediador, entre os alunos e o conhecimento sócia e historicamente construído.Currículo do Gestar II – Língua PortuguesaObjetivo Geral: Possibilitar ao professor de Língua Portuguesa de ano finais um trabalho que propicie aos alunos o desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes textos.Nos cadernos de Teoria e Prática , busca-se evidenciar que, no trabalho com a linguagem, se privilegia o uso da Língua como atividade social e comunicativa em que os interlocutores atuam em um espaço cultural e histórico.Os Cadernos de Teoria e Prática:TP1- Linguagem e CulturaTP2- Análise Lingüística e Análise LiteráriaTP3 – Gêneros e Tipos TextuaisTP4 – Leitura e Processos de Escrita ITP5 - Estilo, Coerência e CoesãoTP6 – Leitura e Processos da Escrita IIUnidade 3 - A Implementação do Gestar IIOrganização dos Cadernos de Teoria e Prática1- Título da Unidade2- Iniciando nossa conversa3- Definindo nosso Ponto de Chegada: objetivos4- SeçõesAtividadesIndo à sala de aulaAvançando na práticaImportanteRecordandoResumindoBibliografiaLeituras SugeridasAmpliando nossas ReferênciasCorreção das AtividadesSistema de Avaliação do Professor CursistaDireitos e deveres;Freqüência de 75%Lição de casa ou socializando o conhecimento ( portfólio)ProjetoAtribuições e Responsabilidades do Formador para com o CursistaPlanejar os encontros presenciais e os planos de aulas;Participar de apresentação e divulgação do Gestar;Realizar o acompanhamento da prática pedagógica do professor.Executar as sessões presenciais;Acompanhar ou orientar o estudo individual do professor cursista, a sua prática pedagógica, a ação do coordenador da escola;Listar as dificuldades e demandas mais correntes na implementação do programa nas escolas e sugerir medidas de correção;Avaliar o desenvolvimento do professor cursista, analisando indicadores de desempenho registrando o seu progresso;Manter o coordenador do programa atualizado, apresentando relatórios e resultados das avaliações.Unidade 4- O Gestar II, as expectativas de mudança e a Especificidade do Programa emem cada escola.O Programa conta com a construção coletiva dos professores, coordenada pelos formadores. Eles devem reservar horas para estudo individual, participar das sessões presenciais e se comprometer com o grupo de colegas, levando as suas parcelas de vivência para serem trabalhadas com as dos outros.A dupla professor – aluno serão foco do Gestar II, a escola terá que voltar todas as suas ações para o aprimoramento desta relação, do ponto de vista afetivo e pedagógico, visando o desenvolvimento global dos alunos.Unidade 5 - Procedimentos para a utilização dos cadernos de Atividades de Apoio àAprendizagem do aluno.AAA – Caderno de Atividade de Apoio à Aprendizagem do Aluno.Objetivos:Subsidiar as aulas com atividades individualizadas dos alunos que se diferem quanto ao ritmo e forma de aprendizagem.Promover atividades para ensinar conteúdos que o aluno não aprendeu anteriormente e sanar deficiências detectadas ao longo do processo.
MEMORIAL DA NEGA
MEMORIAL – GESTAR II
Meu nome é Madelaine Gasparini, NEGA é o apelido que carinhosamente recebi desde pequininha. Nasci em Joaçaba, SC, mas fui registrada no município de Herval d’Oeste. Costumo dizer que só nasci aos seis meses de idade quando tive o privilégio de ser adotada por essa FAMÍLIA - que é minha maior razão de existir.
É engraçado como sempre fui apaixonada pelas letras, lembro quando aprendi a ler, lia tudo, tudo, lista telefônicas, rótulos, placas de sinalização, bulas de remédio e, como diz meu pai, era capaz de enxergar até a marca da sola de borracha de um calçado no pé de alguém que estava passando na rua... Nunca fui fã dos números, talvez por essa razão sempre “esqueço” a minha idade, até porque nunca me preocupei com ela, e também por essa mesma razão (de não simpatizar com números!) descobri, após seis meses de namoro, que o meu noivo (futuro marido!) era onze anos mais novo que eu .. ahahahahah ... ADOOOOOROOOO!!!
Estudei durante toda a educação básica, fundamental e médio em escolas públicas – orgulho que carrego no peito toda vez que entro em sala de aula e sinto o carinho e a receptividade dos meus alunos – que certamente – são tão importantes na minha vida quanto o fato de eu estar viva.
Aos doze anos tive uma doença chamada epifisiolise bilateral, a qual me impossibilitou durante muitos anos de caminhar, fiz oito cirurgias e fiquei por quase nove anos me locomovendo através de cadeira de rodas, mas uma das lembranças mais vivas que tenho dessa época é que nunca me importei quanto tempo ainda iria ficar sem caminhar, mas sempre queria saber quando EU PODERIA VOLTAR PARA A ESCOLA !!! Não lembro de lamentar o fato de estar presa a uma cadeira de rodas, mas ficar sem escola era uma tortura para mim.
Desse modo, entre uma cirurgia e outra, perdi minha MÃE, minha verdadeira mãe, a única que eu tive, que não me concebeu, mas me amou com tanta intensidade e me acolheu com tanto carinho em sua vida que jamais alguém poderá sequer imaginar, como ela mesma dizia: esse laço não se explica, apenas se sente profundamente na alma, no coração... com mais essa perda, perdi o rumo, os sonhos, a vontade de viver!
Mas, como tudo na vida não acontece por acaso, meu pai continuou a batalha, e todos os dias me levava para a escola, de cadeira de rodas, mais tarde, de muletas, de andador... enfim, nunca deixei de ir um dia para aquele lugar que tanto me fazia feliz ... a escola, os livros, os professores ... eu amava tudo aquilo ...
Enfim, terminei o ensino médio e pensava em fazer faculdade, mas em Joaçaba, a instituição é privada e eu nunca teria dinheiro para poder cursar. Então, desisti desse sonho quando aos 18 anos tive que colocar próteses nos joelhos e, dessa forma, meu pai gastou o que tinha e o que não tinha para que eu pudesse melhorar um pouquinho minha qualidade de vida, já que eu sentia muitas dores nas pernas e, algumas vezes, não conseguia nem levantar da cama. Passou!!! Tudo passa, Graças a Deus!!!
Aos 22 anos, andando de muletas, uma empresa aceitou me contratar por meio período, assim meu sonho de entrar na faculdade renasceu, afinal eu estava trabalhando e poderia custear parte das minhas despesas. Assim, com quase 23 anos passei no vestibular e entrei no Curso de Letras! Foi o maior orgulho do meu pai e de minhas irmãs ... Chuva, sol, frio, ... nada impedia na minha busca pelo conhecimento... e eu queria mais, muito mais ... Entrei na faculdade de Psicologia, fazia Letras à noite, lecionava à tarde, e ufa, fazia Psico pela manhã. Eu queria viver tudo o que não pude nesses anos em que minhas pernas não puderam me levar... ahahahahahahahah....
Enfim, depois de muitas dificuldades financeiras, bolsas de estudo, pesquisas, terminei Letras e Psicologia e queria mais, mais... passei na seleção do Mestrado em Linguística na UFSC ... o qual foi uma de minhas maiores conquistas ... Chorei, sofri, pensei em desistir ... era muito pra minha cabeça, mas como tudo na minha vida não tem graça se não houver sangue e lágrimas ... escrevi minha dissertação de mestrado nos corredores do Hospital de Beneficência Portuguesa em são Paulo, pois meu pai, minha razão de viver estava em coma, três AVCs, dois meses na UTI... e eu ... firme... não podia desistir naquele momento, não, ele também incentivou meus sonhos ... e como sempre, dei uma rasteira em todas as pedras que insistiam em rolar no meu caminho e defendi minha tese, cujo título obtive com DISTINÇAO E LOUVOR!
Aqui estou, há 16 anos em sala de aula, na ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PADRE NÓBREGA – de Luzerna – cuja paixão só se compara ao amor que eu tenho por uma outra ESCOLA que também faz meu coração vibrar de emoção quando eu entro na avenida, a minha ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DO HERVAL. ...
Minha vida é uma eterna ESCOLA ... eu aprendo e ensino e aprendo e ensino e aprendo e aprendo ... sempre!
Meu nome é Madelaine Gasparini, NEGA é o apelido que carinhosamente recebi desde pequininha. Nasci em Joaçaba, SC, mas fui registrada no município de Herval d’Oeste. Costumo dizer que só nasci aos seis meses de idade quando tive o privilégio de ser adotada por essa FAMÍLIA - que é minha maior razão de existir.
É engraçado como sempre fui apaixonada pelas letras, lembro quando aprendi a ler, lia tudo, tudo, lista telefônicas, rótulos, placas de sinalização, bulas de remédio e, como diz meu pai, era capaz de enxergar até a marca da sola de borracha de um calçado no pé de alguém que estava passando na rua... Nunca fui fã dos números, talvez por essa razão sempre “esqueço” a minha idade, até porque nunca me preocupei com ela, e também por essa mesma razão (de não simpatizar com números!) descobri, após seis meses de namoro, que o meu noivo (futuro marido!) era onze anos mais novo que eu .. ahahahahah ... ADOOOOOROOOO!!!
Estudei durante toda a educação básica, fundamental e médio em escolas públicas – orgulho que carrego no peito toda vez que entro em sala de aula e sinto o carinho e a receptividade dos meus alunos – que certamente – são tão importantes na minha vida quanto o fato de eu estar viva.
Aos doze anos tive uma doença chamada epifisiolise bilateral, a qual me impossibilitou durante muitos anos de caminhar, fiz oito cirurgias e fiquei por quase nove anos me locomovendo através de cadeira de rodas, mas uma das lembranças mais vivas que tenho dessa época é que nunca me importei quanto tempo ainda iria ficar sem caminhar, mas sempre queria saber quando EU PODERIA VOLTAR PARA A ESCOLA !!! Não lembro de lamentar o fato de estar presa a uma cadeira de rodas, mas ficar sem escola era uma tortura para mim.
Desse modo, entre uma cirurgia e outra, perdi minha MÃE, minha verdadeira mãe, a única que eu tive, que não me concebeu, mas me amou com tanta intensidade e me acolheu com tanto carinho em sua vida que jamais alguém poderá sequer imaginar, como ela mesma dizia: esse laço não se explica, apenas se sente profundamente na alma, no coração... com mais essa perda, perdi o rumo, os sonhos, a vontade de viver!
Mas, como tudo na vida não acontece por acaso, meu pai continuou a batalha, e todos os dias me levava para a escola, de cadeira de rodas, mais tarde, de muletas, de andador... enfim, nunca deixei de ir um dia para aquele lugar que tanto me fazia feliz ... a escola, os livros, os professores ... eu amava tudo aquilo ...
Enfim, terminei o ensino médio e pensava em fazer faculdade, mas em Joaçaba, a instituição é privada e eu nunca teria dinheiro para poder cursar. Então, desisti desse sonho quando aos 18 anos tive que colocar próteses nos joelhos e, dessa forma, meu pai gastou o que tinha e o que não tinha para que eu pudesse melhorar um pouquinho minha qualidade de vida, já que eu sentia muitas dores nas pernas e, algumas vezes, não conseguia nem levantar da cama. Passou!!! Tudo passa, Graças a Deus!!!
Aos 22 anos, andando de muletas, uma empresa aceitou me contratar por meio período, assim meu sonho de entrar na faculdade renasceu, afinal eu estava trabalhando e poderia custear parte das minhas despesas. Assim, com quase 23 anos passei no vestibular e entrei no Curso de Letras! Foi o maior orgulho do meu pai e de minhas irmãs ... Chuva, sol, frio, ... nada impedia na minha busca pelo conhecimento... e eu queria mais, muito mais ... Entrei na faculdade de Psicologia, fazia Letras à noite, lecionava à tarde, e ufa, fazia Psico pela manhã. Eu queria viver tudo o que não pude nesses anos em que minhas pernas não puderam me levar... ahahahahahahahah....
Enfim, depois de muitas dificuldades financeiras, bolsas de estudo, pesquisas, terminei Letras e Psicologia e queria mais, mais... passei na seleção do Mestrado em Linguística na UFSC ... o qual foi uma de minhas maiores conquistas ... Chorei, sofri, pensei em desistir ... era muito pra minha cabeça, mas como tudo na minha vida não tem graça se não houver sangue e lágrimas ... escrevi minha dissertação de mestrado nos corredores do Hospital de Beneficência Portuguesa em são Paulo, pois meu pai, minha razão de viver estava em coma, três AVCs, dois meses na UTI... e eu ... firme... não podia desistir naquele momento, não, ele também incentivou meus sonhos ... e como sempre, dei uma rasteira em todas as pedras que insistiam em rolar no meu caminho e defendi minha tese, cujo título obtive com DISTINÇAO E LOUVOR!
Aqui estou, há 16 anos em sala de aula, na ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PADRE NÓBREGA – de Luzerna – cuja paixão só se compara ao amor que eu tenho por uma outra ESCOLA que também faz meu coração vibrar de emoção quando eu entro na avenida, a minha ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DO HERVAL. ...
Minha vida é uma eterna ESCOLA ... eu aprendo e ensino e aprendo e ensino e aprendo e aprendo ... sempre!
NÃO DEIXE O SAMBA MORRER...
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De samba pra gente sambar
Quando eu não puder pisar mais na avenida
Quando as minhas pernas não puderem aguentar
Levar meu corpo junto com meu samba
O meu anel de bamba entrego a quem mereça usar
Eu vou ficar no meio do povo espiando
Minha escola perdendo ou ganhando
(A Unidos do Herval perdendo ou ganhando)
Mais um carnaval
Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo
AMIZADE É...
Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona para festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra? Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas para festa. Te leva para o mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura um confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém !
quinta-feira, 28 de maio de 2009
NOVIDADEEEEEEEEEEE...
AMIGOS DO GESTAR
TENHO UMA NOVIIIIIIIII
VOU CASAR
BEM DE GOSTOSO DE COISADO DE NEGÓCIO
TANANTANANTANATANATNANTANANNNNNNNNNNNNNNNN
TENHO UMA NOVIIIIIIIII
VOU CASAR
BEM DE GOSTOSO DE COISADO DE NEGÓCIO
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