28 março - sábado
PRIMEIRA REUNIÃO COM TODOS OS PROFESSORES...FORMADORES E COORDENADORES...REALIZADO NO DIA:28/03/09Nem sabemos direito como iniciar este relato, pois no começo tudo foi muito conturbado.Pensei até mesmo em desistir de ser formadora. As informações eram interpretadas de maneira errada e ai tudo ficava conturbado e confuso.Meu Deus...muitos(as) professoras estavam revoltadas,não aceitavam o Programa Gestar,estavam equivocadas.Eu ouviu até mesmo das minhas colegas de trabalho, as quais eu seria formadora que as quintas-feiras ,seriam "quintas-feiras malditas".Pensa no que senti naquele momento.Mas felizmente tive ao meu lado pessoas que me deram força e apoio para enfrentar tal desafio,como minha coordenadora e a Profe Déia,que mesmo de longe me passava energias positivas além de minha colega Nega(Madelaine) e eu Madelaine, a Angela. Bom, quanto ao primeiro encontro,onde seriam repassados todas as informações teve alguns professores que chegaram levar protestos registrados e leram para todos.Mas como a gente sabe que conversando tudo vai sendo esclarecido as informações foram sendo repassados e eles foram percebendo a importância do PROGRAMA GESTAR.E tudo foi mudando e as pessoas se desarmando.Pense,que ouvi até mesmo que que nós formadoras não eramos competentes o suficiente para sermos o que somos.Era um baque atrás do outro...Mas, a partir do momento que passamos para as salas com nosso grupo de trabalho as coisas começaram a serem esclarecidos.Os professores passaram a perceber que realmente estavamos preparados para trabalharmos juntos, e não era nosso objetivo ensinar ninguém e sim juntos relembramos e revermos atividades,objetivos e conteúdos que ja dominavamos ,mas que de repente estavam guardados no fundo do bau da memória.E que o objetivo do GESTAR II é sim isso resgatar aquilo que já sabemos e aprimorar cada vez mais...Tudo em prol de nossos alunos que são os beneficiados com tudo isso.Terminado o enconcontro saimos aliviados.Nosso objetivo apesar das dificuldades havia sido alcançado e vencido.Que bom poder dizer :CONSEGUIMOS.AGORA É SÓ POR EM PRÀTICA TUDO O QUE NOS FOI REPASSADO NA PRIMEIRA SEMANA DE FORMAÇÃO.DEU CERTO.UFA!!!!!!!!!!!!!!!!!
Obs – relato feito por Angela e Madelaine.
30 abril - Quinta feira
Devido aos transtornos ocorridos no encontro anterior, dia 28 de março, preparei bem as atividades para este primeiro encontro de L.P. pois sabia que algumas pendências ainda seriam discutidas pelos professores cursistas, os mesmos que estavam tratando o GESTAR com bastante indiferença. Mas não me intimidei e iniciei nossas atividades com uma mensagem bem bonita entitulada “Colegas de Trabalho”, na qual todos puderam se identificar com algum tipo de personalidade apresentada na mensagem.
Após os comentários acerca da mensagem, aconteceu a apresentação de cada professor que através de uma dinâmica contaram um pouquinho sobre sua vida profissional, escola em que leciona e turmas em que trabalha a Língua Portuguesa, já que a maioria também leciona uma língua estrangeira: inglês ou espanhol.
Desse modo, apresentei a todos o material do Gestar, através de slides evidenciei os objetivos do Programa e mostrei como trabalhar com o Guia Geral. Expliquei ainda o motivo pelo qual iniciaríamos pelo TP3.
Iniciamos as atividades com o TP3, lendo e discutindo o “Iniciando nossa Conversa” – unidade 9 – Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado. Trabalhamos em conjunto a Seção 1 – Atividades 1, 2 e 3.
Como material de apoio utilizei um texto sobre Gêneros textuais (fragmentos) (Marcuschi) e ainda passei um slide sobre tipologia textual e suas características. Solicitei aos cursistas que lessem todo o TP3 para o próximo encontro, principalmente as atividades da Seção 2 para que pudéssemos discuti-la em grupos.
Muito nervosismo e indiferença da parte de alguns professores que tentaram, a todo custo, tumultuar este primeiro encontro questionando a obrigatoriedade de frequentá-lo. Como a turma é muito numerosa, senti bastante dificuldade em contornar algumas situações que surgiram durante as atividades como: as conversas paralelas (propositais!), atitudes e expressões indiferentes aos assuntos discutidos e até mesmo comentários irônicos acerca dos benefícios do Gestar no processo ensino-aprendizagem.
14 maio - Quinta feira
Já esperava algumas novidades para este segundo encontro. Muitos professores que vieram no primeiro, não compareceram e justificaram a não continuidade no Programa com a Coordenação. Iniciei nosso encontro com a mensagem: “Ainda Tomaremos um cafezinho Juntos” ... e refletimos acerca da correria do dia a dia e das coisas importantes que acabamos deixando de lado devido a sobrecarga das atividades realizadas no ambiente escolar e “fora” dele.
Como os cursistas analisaram o TP3, neste escontro estavam cheios de dúvidas, morrendo de medo de não conseguirem cumprir com o cronograma apresentado e não sabiam como realizar as tarefas com os alunos. Muito calmamente fui tranquilizando-os e, desse modo, fiz algumas sugestões de atividades e como realiza-las para que pudessem ficar mais confiantes com o material didático. Ainda aqui, nesta etapa, lutei contra alguns comentários negativos e maldosos de cursistas que ‘lamentavam’ a participação no Programa. Com a orientação da coordenadora, deixei bem claro a todos que, a participação era uma decisão pessoal e, caso alguém estivesse se sentindo “obrigado” a fazer o curso, poderia optar por não fazê-lo, desde que assumisse todas as consequências acerca da decisão.
Acredito que, a partir desse momento, os ‘excluídos’ se sentiram mal perante o grupo, perceberam que estavam atrapalhando o andamento das atividades, já que muitos estavam ali por opção e gosto pelo que estavam fazendo, então, desse modo, “se excluíram” de vez.
Discutimos todas as atividades do TP3 e em grupos, realizaram as questões do “Ampliando nossas referências” – Gêneros textuais: definição e funcionalidade. Após, as questões foram analisadas e discutidas em grande grupo. Assim, iniciamos a unidade 10, com a exposição de atividades sugeridas pelo professor formador e ampliadas pelos cursistas que no decorrer do estudo da unidade complementavam as atividades e/ou elaboravam outra de acordo com os objetivos propostos.
Alguns cursistas trouxeram Histórias em Quadrinhos como sugestões de atividades para trabalhar os gêneros textuais.
Ao término do encontro os cursistas sugeriram que fizéssemos um treinamento na área de informática para que aprendessemos a produzir nossos próprios materiais didáticos. Anotei a sugestão para uma Oficina coletiva.
16 maio - Sábado
Oficina Livre e
Orientação Coletiva Elaboração Projeto
Nesta Oficina Livre, iniciei o encontro com uma dinâmica de grupo cujo objetivo era “quebrar o gelo” entre os cursistas bem como trabalhar o gênero textual descrição – um dos conteúdos evidenciados na unidade 11 do TP3. A dinâmica tinha como propósito fazer o cursista descrever seu colega através de um desenho e escrever 3 características que ele havia observado durante os encontros. Após cada um teria que “se encontrar” nos desenhos produzidos pelos colegas. Alguns acertaram, outros não chegaram nem perto, desse modo, discutimos a diversidade dos gêneros, a inúmeras formas de enxergar a “mesma pessoa” e todos os “ruídos” que atrapalham o processo de comunicação no decorrer da mensagem. Foi um momento bastante rico tanto na troca de informações como na questão de aceitar o “outro” com suas qualidades e defeitos. Como trabalhar essas diferenças em sala de aula e respeitar o processo ensino-aprendizagem de cada aluno.
Nesta Oficina Livre , o aluno Leandro Rampazzo, da Escola de Educação Básica Padre Nóbrega, de Luzerna, participou do encontro e esclareceu algumas dúvidas sobre informática aos professores, explicou sobre a criação de blogs, produção de slides, e-mails, como zipar documentos para facilitar o envio, enfim, ajudou e auxiliou individualmente os cursistas presentes.
Aconteceu ainda o relato feito pelos professores das atividades já trabalhadas em sala de aula com os alunos, no qual cada um evidenciou suas dificuldades e facilidades na aplicação das tarefas e aceitação dos alunos sobre o material utilizado. Foi interessante,pois pela primeira vez percebi o entusiasmo de alguns professores acerca das atividades do TP3 e dos AAAs.
Encerramos nosso encontro com o compromisso de trocarmos e-mails durante a semana para encaminharmos as atividades para o próximo encontro, além da leitura e aplicação de algumas atividades das unidades 11 e 12.
21 maio- Quinta feira
Este encontro teve início com a mensagem “Milho de pipoca”, cujo desafio foi refletir acerca das provas de fogo que o ser humano passa na vida. Algumas pessoas aceitam as transformações, enquanto outras são duras como os piruás, se negam a estourar e viver as grandes transformações que a vida proporciona.
Senti uma grande mudança no grupo neste encontro, muitas cursistas estavam animadas com as atividades sugeridas no último encontro, inclusive houve um momento de socialização das aplicações das atividades e cada uma pode relatar os pontos positivos e negativos de sua turma de aplicação. Trabalhamos a unidade 11, e, em grupo, discutimos os conceitos de textos narrativo, descritivo e dissertativo. Preparei inúmeras atividades para elas trabalharem em sala de aula com os alunos, desde histórias em quadrinhos com balões com falas e sem falas, textos com onomatopéias, além de sugestões de produções que evidenciavam o uso de substantivos, adjetivos, pronomes e verbos; complementando os conteúdos da unidade 11 do TP3.
Para evidenciar o uso dos vícios da linguagem, assistimos ao vídeo da Companhia de teatro Os melhores do Mundo – episódio: O Assalto e ainda, o vídeo NNF – Pleonasmo – da dupla de artistas do Zorra Total.
As professoras questionaram acerca do desinteresse dos alunos em todas as séries, discutiram a falta de vontade e produção textual dos alunos de 5ª série, evidenciando ainda – o mais grave – o analfabetismo desses alunos que chegam à 5ª série sem ao menos escrever o próprio nome com letra maiúscula. Pergunta do dia: O que fazer com essas dificuldades de aprendizagem e defasagem escolar? Pode-se perceber ainda que os problemas são recorrentes em todas as escolas,variando apenas na idade de cada educando, uma vez que há alunos de 13, 14 anos frequentando a mesma classe escolar (5ª) com alunos de 09, 10 anos – o que torna a classe ainda mais indisciplinar e barulhenta.
Os professores realizaram a atividade 2 da página 101/102 do TP3, referente ao trecho do conto Marina, a intangível, respondendo ao questionário da página 102. Discutiu-se também a questão de que nem sempre os textos são produzidos na modalidade escrita, evidenciando a prática e a importância da oralidade em sala de aula.
Iniciamos os estudos sobre texto dissertativo e alguns cursistas relataram a experiência de terem trabalhado com a foto da página 125 do TP3 (homens trabalhando), cujas produções feitas abrangeram os três tipos textuais: descrição, narração e dissertação.
Para o encontro de 04 de junho, os cursistas devem trazer, para socialização com os colegas, atividades que complementem a unidade 12 do TP3, evidenciando os gêneros textuais e sequências tipológicas.
04 junho - Quinta feira
“Marcas de batom no espelho” foi a mensagem inicial do encontro, o que nos fez refletir as diferenças existentes entre “professores e educadores” – moral da mensagem exposta. Houve bastante discussão acerca dessa mensagem, até porque o grupo é grande e tudo o que se expõe ou relata acaba sendo motivo de divergências e discussão de pontos de vista. É interessante ressaltar que quanto maior o grupo, mais polêmicos os assuntos abordados se tornam, já que todos querem relatar suas experiências – ou para comprovar algo que o colega disse ou para “contrariar” a idéia do colega. Mas essas “manifestações ” acabam fazendo toda a diferença nos encontros, uma vez que é uma das maiores turmas do Gestar, tornando um desafio, inclusive para a Formadora.
Juntas, lemos, analisamos e discutimos a atividade 1 da unidade 12 – Cidadezinha qualquer – e depois em duplas e trios respondemos ao questionário proposto na página 145. Destacamos e comentamos todas as atividades propostas nesta unidade, e dessa forma, as cursistas perceberam a mudança que ocorrera nas produções feitas desde a unidade 9, ou seja, a forma de produção de textos foi aumentanto (em tamanho) e ampliando o leque de conhecimentos dos alunos, bem como foi diversificando os instrumentos de produção escrita.
Entreguei para as cursistas como sugestão de atividades uma “apostila” contendo exercícios de produção textual, evidenciando algumas classes gramaticais que o professor pode utilizar como recursos durante o trabalho em sala de aula. Além disso, uma atividade com a música “Minha Vida” da Rita Lee, na qual os professores podem trabalhar os verbos e os adjetivos de forma bem agradável. Neste momento, percebi o quanto o teor de nossos encontros havia mudado pelo entusiasmo e aceitação dos cursistas com as sugestões apresentadas.
Concluimos o estudo do TP3, e para o próximo encontro, os cursistas irão preparar sugestões de atividades para socializar com os colegas, evidenciando as unidades 13 e 14 do TP4.
Para finalizar este encontro assistimos ao vídeo de Rafinha Bastos – “O assassinato da Língua Portuguesa “ – um estudo feito sobre o discurso do casal Nardoni (caso Isabella) ao Fantástico.
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